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junio 16, 2003

Embaixador no anonimato

Daniela Kresch

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Getúlio não quis homenagem a Souza Dantas

O historiador Fábio Koisman não esconde sua admiração pelo personagem que decidiu desvendar, há seis anos. Conversando com a documentarista Kátia Lerner, que ajudava na coleta de entrevistas de sobreviventes do Holocausto para a Fundação Shoá, do cineasta Steven Spielberg, decobriu que o Brasil teve seu próprio Oscar Schindler – o empresário que salvou 1.200 judeus durante a guerra.

No caso brasileiro, tratava-se de um diplomata: Luiz Martins de Souza Dantas (1876-1954), embaixador do Brasil na França de 1922 a 1944. Assinando pessoalmente vistos e passaportes diplomáticos, Souza Dantas salvou comprovadamente 500 pessoas. Mas o número pode passar dos mil.

– Sua humildade e humanismo fizeram com que o embaixador não deixasse muitos documentos – conta Koifman, diretor de pesquisas da Universidade Estácio de Sá.

»Fiz o que teria feito, com a nobreza d’alma dos brasileiros, o mais frio deles, movido pelos mais elementares sentimentos de piedade cristã», diz Souza Dantas, ao explicar por que dava os vistos, num dos 7.500 documentos arquivados por Koifman.

O embaixador, que não figura em nenhum livro de História brasileiro, foi reconhecido no dia 2 de junho, pelo Museu do Holocausto de Jerusalém (Yad Vashem), como Justo entre as Nações. Só quem preenche pelo menos uma de três condições merece o título concedido pelo museu: arriscar cargo e posição social, arriscar a própria vida e salvar um número expressivo de pessoas. O diplomata não arriscou sua vida, mas quase perdeu o emprego e o status por assinar centenas de vistos para perseguidos do nazismo na França ocupada.

Na época, Souza Dantas ficou conhecido como um exemplo de diplomata. Quando voltou ao Brasil, em maio de 1944, planejou-se uma grande festa com desfile em carro aberto pela Avenida Rio Branco e decretação de feriado nas escolas do Rio. Assessores de Getúlio Vargas, porém, desmobilizaram as boas-vindas.

– O grande vilão da história é Getúlio – diz Koifman. – Como esse humanista pôde, até hoje, passar desapercebido no hall dos heróis nacionais?


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